Liderança técnica: acompanhamento X autonomia
Ao olhar para minha carreira eu posso dizer que tenho mais experiência e bagagem teórica em assuntos relacionados a tecnologia, em especial na área de desenvolvimento de software. Isso devido a ter feito uma graduação e pós-graduação em Ciência da Computação, bem como ter lido uma boa quantidade de livros e muitos posts, além de ter colocado um grande número de produtos em produção. Digo isso pois, apesar de vir liderando times técnicos a pouco mais de uma década e lido bons livros e posts, eu me sinto mais seguro em escrever sobre tecnologia do que sobre liderança. Então, leve isso em consideração ao ler este post :)
O que eu gostaria de compartilhar neste post é um pequeno “framework” que venho usando regularmente nas minhas reuniões de 1-1 com as pessoas dos meus times. Eu tento descrever para eles dois aspectos da liderança, que demonstrei nesta imagem:
De um lado temos o acompanhamento que uma liderança deve fazer em relação ao trabalho e carreira das pessoas. E do outro temos a autonomia que as pessoas precisam para realizar seu trabalho. Nos dois extremos do espectro estão duas características que eu acho muito nocivas em uma liderança: o microgerenciamento e a ausência. O que eu pergunto regularmente para as pessoas que eu lidero é se eu não estou me aproximando demais de algum dos extremos. Meu objetivo é sempre ter um equilíbrio entre acompanhamento e autonomia, mas esse pêndulo pode pender um pouco para um dos lados, dependendo de coisas como a maturidade do time, do negócio, etc. Mas em nenhum cenário eu vejo motivo para uma liderança chegar a um dos extremos desenhados acima.
Como comentei no começo do post, eu cheguei a essa conclusão de maneira empírica. Se você conhecer alguma teoria, livro ou post que confirma essa minha noção, ou a refuta, por favor compartilhe nos comentários.