Sobre heavy metal

Esse é um post que não tem relação com os demais que eu publico aqui no meu site, pois não tem nada a ver com tecnologia. É uma reflexão mais pessoal do que o de costume, mas afinal, é meu site pessoal, então até que faz sentido :)

Recentemente me peguei pensando sobre a vida em plena “roda punk” (ou mosh pit, ou roda de pogo, como preferir) em um show da banda Matanza Ritual. Em 2025 completo 47 anos de vida e escrevo este post ouvindo o disco “I, the Mask”, da banda In Flames. O heavy metal é a única constante na minha vida desde a adolescência, então não é “apenas uma fase”, é um estilo de vida.

Mais do que a música, o heavy metal para mim sempre foi uma questão de pertencimento, de fazer parte de uma comunidade (muito mais do que eu sempre me senti parte das várias comunidades de tecnologia de que participo desde que comecei na carreira). Tem poucos lugares no mundo que me fazem se sentir tão bem quanto em um show de metal. Alí dentro todo mundo é igual. Não importa se você veio de bicicleta ou estacionou uma BMW na frente do local, lá dentro todo mundo tem a mesma camiseta preta que pagou, no máximo, R$100. Todo mundo está lá pela música, para encontrar outras pessoas que tem os mesmos gostos, que são amigos por uma noite ou menos. Ninguém te julga pela sua aparência, pelo preço da sua roupa, etc.

Também é um lugar seguro, raramente vejo brigas ou algum idiota perturbando as mulheres (claro que nenhum lugar do mundo está 100% a salvo de pessoas idiotas, mas já tive experiências ruins em muitos outros ambientes). Quem olha de fora, quem não faz parte da “tribo”, vê aquele monte de gente se “batendo” e tem a impressão que é uma selvageria, uma violência. Mas quem está lá no meio está com um sorriso enorme no rosto e sempre atento para ajudar alguma pessoa que eventualmente caia no chão a se levantar rapidamente antes de se ferir.

Claro que eu não ouço só metal o tempo todo. Adoro rock, blues, rap, punk, country, folk. Sou da teoria de que não existe música ruim, existe música fora de contexto. Nada melhor do que ouvir um pagode num sábado de meio dia, comendo uma bela feijoada. Mas a sensação de pertencimento e alegria que sinto ao ouvir Black Sabath, Metallica, Sepultura, Trivium, Gojira, entre as milhares de bandas que eu continuo descobrindo, nada se compara a isso.

Long live heavy metal \o/